A situação do Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia se mostra cada vez mais delicada. Após amargar o terceiro lugar nas eleições municipais de Salvador, com Geraldo Júnior recebendo apenas 137.298 votos (10,33%), o desempenho do partido no estado vem se deteriorando. O resultado foi o pior obtido pela legenda na capital baiana desde 2008, acendendo um sinal de alerta para o futuro do partido na Bahia.
Enquanto o PT enfrenta dificuldades, partidos de oposição, como o União Brasil, continuam a avançar no cenário político estadual. A legenda conquistou vitórias em 13 das 20 maiores cidades da Bahia, incluindo Salvador, Feira de Santana, Lauro de Freitas, Simões Filho, Ilhéus e Barreiras. A lista de conquistas pode aumentar ainda mais, dependendo da decisão judicial sobre a eleição em Vitória da Conquista, onde Sheila Lemos obteve 58,83% dos votos, mas enfrenta um processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No entanto, a grande preocupação para o PT é a cidade de Camaçari. Após 16 anos à frente da prefeitura de Lauro de Freitas, o partido foi derrotado, e agora tenta garantir a vitória em Camaçari, onde o candidato Caetano enfrenta uma disputa acirrada no segundo turno. A diferença de votos para o adversário é mínima, com apenas 559 votos separando os dois candidatos. Uma derrota em Camaçari pode intensificar ainda mais a crise petista no estado.
Com a perspectiva das eleições de 2026 para o governo da Bahia, a possível derrota em Camaçari poderia significar um fortalecimento das chances de ACM Neto, que já se posiciona como um forte concorrente para assumir o controle político do estado. Reconhecendo a gravidade da situação, o PT mobilizou o presidente Lula para apoiar a campanha de Caetano, com o ex-presidente agendado para comparecer a Camaçari no dia 17, na tentativa de reverter o cenário desfavorável e impedir que o partido sofra um revés definitivo.
Se o PT não conseguir manter a vantagem em Camaçari sob seu controle, o impacto político será profundo, especialmente com vistas às eleições estaduais de 2026, quando o atual governador Jerônimo Rodrigues deverá enfrentar um ambiente político ainda mais adverso. A possível queda em Camaçari acende uma luz vermelha para o futuro do PT na Bahia.
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