Em uma eleição municipal marcada pela intensa polarização, Luiz Caetano (PT) foi eleito prefeito de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, com 50,92% dos votos válidos. O resultado foi obtido com uma margem de apenas 2.912 votos à frente de seu adversário, Flávio Matos (União Brasil), que conquistou 49,08% do eleitorado. Esta foi a primeira vez que a segunda cidade mais rica da Bahia, com cerca de 300 mil habitantes, decidiu seu representante municipal em um segundo turno.
No primeiro turno, realizado em 6 de outubro, a diferença já havia sido mínima, com Caetano atingindo 49,52% dos votos e Matos, 49,17%. A disputa apertada mobilizou a cidade e gerou um reforço significativo na segurança durante o segundo turno, com a presença de 1,3 mil policiais, 180 viaturas e 50 câmeras de videomonitoramento, das quais 13 possuíam reconhecimento facial.
Luiz Caetano, 70, traz experiência como ex-prefeito de Camaçari em três gestões anteriores (1985-1988 e 2005-2012) e centrou sua campanha na promessa de criar uma guarda municipal em colaboração com a Polícia Militar e reduzir a burocracia no sistema de saúde. Do outro lado, Flávio Matos, com dois mandatos consecutivos como vereador e apoiado pelo atual prefeito Elinaldo Araújo (União Brasil), propôs a criação de um “hub” de profissões para capacitar jovens e a construção de policlínicas. Ambos os candidatos apresentaram planos para viabilizar um novo hospital na cidade.
Analistas políticos apontam que o embate entre Caetano, apoiado pelo presidente Lula, e Matos, de um partido alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, simboliza uma antecipação da disputa pelo governo da Bahia em 2026, refletindo o cenário de divisão política que também ecoa a nível nacional.
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