Prefeito de Simões Filho age como um Coronel, peita Governo do Estado e diz não a Feira de Saúde no município

Na noite de terça-feira, 24 de setembro, o prefeito de Simões Filho, Diógenes Tolentino, protagonizou uma decisão controversa ao impedir a instalação da Feira de Saúde, evento organizado pelo Governo do Estado, que seria realizado nos dias 27 e 28 de setembro ao lado do Estádio Municipal Edgar Santos. A feira ofereceria consultas médicas e exames gratuitos em diversas especialidades, atendendo centenas de moradores da cidade.

A ação do prefeito, vista como uma afronta direta ao governo estadual, trouxe à tona críticas e comparações com o estilo de liderança dos antigos coronéis, que exerciam controle absoluto sobre as regiões sob sua influência. Tolentino ordenou que equipes interrompessem a montagem da estrutura, o que deixou a população, que esperava pelos atendimentos, em choque e revolta.

Moradores e líderes comunitários expressaram indignação nas redes sociais, apontando que a medida foi tomada sem qualquer justificativa clara, prejudicando o acesso da população a serviços de saúde essenciais. “É um descaso com o povo. Estávamos esperando por consultas que não conseguimos agendar no SUS. Agora, ficamos sem nada”, desabafou uma moradora.

A decisão de Tolentino gerou atritos políticos com o Governo do Estado, que pretendia oferecer o evento como parte de uma série de ações de saúde itinerante, especialmente em municípios com alta demanda por atendimentos. A Secretaria de Saúde do Estado se manifestou em nota, lamentando a interrupção do evento e afirmando que buscará alternativas para atender os cidadãos de Simões Filho.

Enquanto a prefeitura se mantém em silêncio sobre os motivos que levaram ao bloqueio da feira, a polêmica continua a reverberar na cidade, com impactos sociais e políticos. A atitude do prefeito é vista como um reflexo de rivalidades políticas locais e regionais, e a questão sobre como essas tensões afetam a saúde pública segue em aberto.